Thursday, January 12

O bom e "velho" Joe

Apesar de ainda termos dois meses e meio pela frente, as coisas já começam a mudar agora. É um sentimento bastante estranho, quase que indescritível. Há cinco anos, quando comecei a pensar que deveria deixar o Brasil temporariamente para adquirir experiências em outros lugares, jamais imaginei que fosse passar por momentos assim. Sempre pensei no quanto seria gratificante, maravilhoso e válido sair do país. Só.

Penso nisso ainda. Quase que o tempo todo. A diferença é que agora que temos uma data definida, os sentimentos brigam por espaço. É um atrás do outro. Um bom, um ruim. Esperança e felicidade, com angústia e saudade antecipada. Curiosidade com ansiedade, coragem com medo, coração aliviado por ter finalmente subido o primeiro degrau, com batidas aceleradas por esse mesmo motivo.

Ontem meu pai levou o carro para vender. Meu companheiro de dois anos. O "Joe", como Vitor e eu costumávamos dizer. O celtinha preto, com alguns arranhões, que nos ajudou com passeios divertidos, subiu morros melhor que qualquer 1.6, teve o vidro do carona quebrado, o alarme trocado, o porta-luvas quase não fechando com tanto CD, aquele calor insuportável, as direção dura, o cheiro do ovo que quebraram nele depois de uma noite fora da garagem, a última revisão que custou uma fortuna.

Quem lê deve até achar que sou materialista demais, dramática demais, boba demais. Posso até ser. Mas é o que sinto agora. São tantas mudanças repentinas, que não sei direito como lidar com elas. Questão de costume, provavelmente. Voltar a pedir caronas pra festas, praias, finais de semana. Voltar a ficar mais atenta aos horários dos ônibus, pois uma vez perdidos, não há válvula de escape.

"Vai valer a pena". É o que todos dizem. E disso eu tenho certeza. Mas são coisas das quais você precisa abrir mão para poder realizar um outro sonho. Coisas materiais, coisas pequenas, mas que significaram muito.

Wednesday, January 11

E olha que não é mentira!

Estou com mil coisas passando pela cabeça e não posso deixar de publicar aqui, pra ler daqui a alguns anos, relembrar e rir pra caramba. Mas agora não é hora. Tenho apenas alguns instantes antes de voltar a trabalhar de novo. Por isso, atualizo hoje só para registrar alguns detalhes já definidos sobre a viagem.

Embarque: 1º de abril / 2006 (e olha, não é mentira!)
Passagem aérea: R$ 2.626,00 (ida e volta, Floripa-Guarulhos-Milão-Dublin)
Chegada em Dublin: 14h do dia 2 de abril de 2006
Escola: English in Dublin
Taxa de matrícula: U$S 450,00 (R$ 1080,00 pagos à vista)
Início na escola: 3 de abril, segunda-feira.
Quanto falta: 80 dias.
Sentimentos: todos os possíveis, bons e ruins. Ansiedade, apreensão. Curiosidade, aperto do coração, felicidade, consciência pesada, saudade, coragem, medo, esperança, saudade, saudade, saudade e mais um pouquinho de medo e receio e ansiedade e apreensão. Mas isso tudo eu vou descrever num próximo post, com mais calma.

Thursday, January 5

O resto é risco

Depois de tantas pesquisas em agências, sobre locais, escolas, tarifas e taxas, é hora de tomar outra decisão importante: conseguir a grana. Como? Vendendo o carro. Agora que tá caindo a ficha sobre o número de coisas das quais precisarei me desfazer pra viajar. Aviso prévio no serviço, locação do apartamento, venda do carro, despedida de amigos e família, a incerteza constante.

O que tenho de certo é que quero ir. É o concreto. O resto é risco. De todos os que falei até agora e que estão no exterior, recebi uma única resposta: "vale a pena". Por outro lado, tenho receio de que, quando voltar, corro o risco de permanecer como tantos outros. À procura de emprego, fazendo o que não gosta, ganhando pouco, fazendo bicos, tendo que lutar para conquistar tudo novamente, correndo para ficar a par de tudo o que aconteceu aqui enquanto estávamos fora.
Quero voltar melhor em todos os sentidos. Melhor profissionalmente, melhor no lado pessoal, melhor financeiramente, melhor nos conhecimentos e na maturidade. Quero chegar lá, arrumar um lugar bom pra morar com o Vi, com tranqüilidade, conforto e segurança. Nossa casinha. Iremos morar juntos pela primeira vez. Quero chegar lá e realmente aprender, conhecer, conviver. Quero chegar e encontrar pessoas de boa índole, cursos na minha área, trabalhos que me façam crescer. Quero tudo o que já possuo aqui. Não é estranho?

Estranho, mas diferente. Vou arriscar, vou viver, botar a cara a tapa. Quem passar por aqui enquanto estivermos por lá vai poder acompanhar todos os tombos e conquistas. Espero que, ao menos, sejam proporcionais.

Tuesday, January 3

Regra de Imigração

Para início de conversa...
Quem vai: eu e meu namorado.
Para onde: Dublin / Irlanda.
Quando: Março 2006.
O quê: estudar inglês e trabalhar.
Trajetória: estamos há um ano pesquisando. Primeiro foi Londres. Pesquisamos, pesquisamos, pesquisamos. Várias agências, sites, blogs, contatos, informações, orçamentos. Agora, Dublin. Estamos na fase da pesquisa. De tudo o que já falei anteriormente. Agências, tarifas, vôos, datas, escolas, burocracias.
Nem definimos a data ainda, mas encontrei hoje, na página Global Exchange, algumas informações importantes sobre as regras de imigração vigentes na Irlanda. Para os que pensam em embarcar para qualquer destino irlandês é preciso saber:
A regra é válida desde 18 de abril de 2005 e permite o trabalho de até 20 horas semanais aos estudantes estrangeiros que estiverem matriculados em escolas de inglês durante pelo menos 25 semanas, com carga horária mínima de 15 horas semanais.

Atenção: Essa lei só vale para estudantes matriculados em escolas registradas, que emitem diploma e certificados reconhecidos pelo governo irlandês. Acesse o link
www.dfes.gov.uk/providersregister e confirme aqui se a escola escolhida é reconhecida e aceita pela Imigração.

A seguir, a agência AYUSA InterBrasil de Goiânia, dá dicas de como fazer amatrícula de forma a garantir uma boa estadia na Irlanda e conseqüentemente conseguir permissão de trabalho legal (Work Permit):
1. Confirme que seu passaporte está com validade para uma viagem depelo menos sete meses.
2. Inscreva-se e pague:
(a) curso de inglês de 15 horas por semana com duração mínima de 25 semanas
(b) acomodação em casa de família, providenciado com antecedência pela escola
(c) seguro de saúde particular completo
(d) taxa do exame TIE, um exame reconhecido pelo governo irlandês, que poderá ser feito ao final do curso contratado
(e) reserva de vôo com destino a Irlanda, com tarifa de estudante, válido por um ano.

3. Após efetuar o pagamento do curso, aguarde cerca de duas semanas para receber o comprovante de matrícula. É imprescindível a apresentação da carta de matrícula da escola à Imigração.

4. A carta de confirmação do endereço de acomodação também é indispensável a apresentação à Imigração.
5. Apresentar-se na escola contratada na Irlanda e fazer um teste de inglês para ser colocado numa turma apropriada. Levar uma fotografia de passaporte.
6. No primeiro dia do curso, abrir uma conta bancária e fazer um depósito de 2.000 Euros em um banco irlandês­ para cobrir gastos durante o curso de 25 semanas.
7. Aguardar uma semana para receber o extrato do banco e apresentá-lo à Imigração local, junto com o passaporte. A escola apresentará uma carta de matrícula à Imigração com antecedência.
8. Depois de estar registrado na Imigração da Irlanda como estudante, aqueles que forem cursar no mínimo 25 semanas recebem uma carta da escola, que os torna aptos a requisitarem o número de PPS (Personal Public Service), que dá direto a trabalhar por meio período (até 20 horaspor semana), e tempo integral durante as férias da escola. Portadores de passaportes europeus podem trabalhar sem restrição.
 
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