Penso nisso ainda. Quase que o tempo todo. A diferença é que agora que temos uma data definida, os sentimentos brigam por espaço. É um atrás do outro. Um bom, um ruim. Esperança e felicidade, com angústia e saudade antecipada. Curiosidade com ansiedade, coragem com medo, coração aliviado por ter finalmente subido o primeiro degrau, com batidas aceleradas por esse mesmo motivo.
Ontem meu pai levou o carro para vender. Meu companheiro de dois anos. O "Joe", como Vitor e eu costumávamos dizer. O celtinha preto, com alguns arranhões, que nos ajudou com passeios divertidos, subiu morros melhor que qualquer 1.6, teve o vidro do carona quebrado, o alarme trocado, o porta-luvas quase não fechando com tanto CD, aquele calor insuportável, as direção dura, o cheiro do ovo que quebraram nele depois de uma noite fora da garagem, a última revisão que custou uma fortuna.
Quem lê deve até achar que sou materialista demais, dramática demais, boba demais. Posso até ser. Mas é o que sinto agora. São tantas mudanças repentinas, que não sei direito como lidar com elas. Questão de costume, provavelmente. Voltar a pedir caronas pra festas, praias, finais de semana. Voltar a ficar mais atenta aos horários dos ônibus, pois uma vez perdidos, não há válvula de escape.
"Vai valer a pena". É o que todos dizem. E disso eu tenho certeza. Mas são coisas das quais você precisa abrir mão para poder realizar um outro sonho. Coisas materiais, coisas pequenas, mas que significaram muito.
2 comments:
Putz Jana!
É um conflito de sentimentos absurdo mesmo! Agora que o tão sonhado visto chegou, é que começa a cair a ficha... Daqui 42 dias estarei embarcando, dá até um frio na barriga.
Mas vai ser inesquecível tenho certeza.
Sorte pra nós.
BEijos
Pois eu venderia até a alma para viver uma experiência semelhante.
Tenho certeeeeeeeeza que está valendo a pena. Não está?
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