Faltam quatro dias, mas a ficha ainda não caiu direito. Não pelos preparativos não terem começado, nem pela família não comentar e perguntar o tempo todo. Pois isso eles fazem. Ah, se fazem. Normal. Curiosidade, preocupação, busca por certezas. Mas acho que ainda não caí na real simplesmente porque não quis. Por que, quando acontecer, provavelmente vai ser um sentimento muito estranho. No mínimo.
Faltam quatro dias e eu nem sequer pensei na possibilidade de fazer uma pré-seleção das roupas ou dos calçados pra levar. A despedida já foi feita. Na sexta-feira passada, em Floripa, com pessoas muito especiais. Foi tudo de bom. Aproveito o momento de inspiração pra agradecer todos os que compareceram e nos apoiaram e desejaram coisas boas e enviaram energias positivas - muito embora a maioria não deva ler este blog.
Continuando... a despedida já aconteceu. Pelo menos dos amigos. A da família venho adiando. Ontem fui na minha tia pra me despedir. Jura. Claro que não aconteceu. Fiquei de voltar mais em cima da hora. Talvez pra ficar um momento mais oficial.
Talvez pra fugir da saudade pelo menos por dois ou três dias. Talvez porque, simplesmente, seja difícil falar "tchau", dar aquele abraço apertado, escutar palavras verdadeiras, dizer que vai manter contato sempre que possível e perceber que aquela pessoa realmente te deseja tudo de bom.
Talvez por isso minhas roupas ainda estejam no armário, algumas palavras ainda não tenham sido ditas, alguns gestos não tenham se concretizado. Talvez por isso ainda não saí de casa pra comprar as coisinhas que faltam, pra autenticar documentos, pra tirar cópia do que for necessário. Talvez eu esteja apenas esperando pelo momento certo.
Faltam quatro dias. Não sei quando a ficha vai finalmente cair. Sei apenas que o momento está bem próximo e deve acontecer logo logo.
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