Ai, eu seeeeei.
Demorei pra vir e confesso que morro de saudades de me manter propriamente atualizada nos blogs de cada um de vocês, mas a situação ultimamente não me permite tal luxo. A correria aqui continua e fica ainda pior quando a elemente aqui já tem um emprego e insiste em correr atrás de outro mesmo assim.
De qualquer forma, esmaguei meus compromissos pra poder aparecer por aqui e registrar alguns momentos dos últimos dias. Acredito que o pessoal que passou um tempo fora e retornou ao Brasil deve sentir mais ou menos como eu esses dias.
Não tem como ignorar as seguintes estranhezas:
. os preços das coisas no Brasil
Genteee, o que é isso? Sempre foi assim e eu mudei meus conceitos ou ficou caro desse jeito enquanto eu estava fora? Achar um xarope pra tosse barato quando o mesmo custa 10 reais é absurdo pra mim. Em Dublin, uma das cidades mais caras da Europa, um xarope custa menos de 3 euros. Mesmo convertendo, no Brasil ainda é caro.
. o povo falando português
Ainda acho estranho escutar nossa língua o tempo inteiro. Às vezes estou num restaurante ou na rua e QUASE chego a comentar: "olha, um brasileiro!" Duh.
. um estabelecimento que abre às 10h e fecha aos sábados ao meio-dia
O povo que trabalha a semana inteira faz compras quando? Na hora do almoço? Tem que pedir folga e usar o banco de horas?
. as filas pra TUDO
Por favor, até na farmácia tem fila! Pra entrar no shopping, pra comprar calzone, pra usar o orelhão, pra chegar em casa, pra comprar pão, pra apostar na mega-sena, pra pagar conta, pra reclamar do produto com defeito, pra dar parabéns pra alguém, pra cumprimentar a noiva, pra estacionar, pra abastecer... sem falar nos bancos.
. por falar em bancos... as GREVES
Acho que a gente adora greve. Não tá feliz, sai. Procura outra coisa. Faz um esquema pra receber seguro desemprego e vaza. Tanta gente querendo trabalhar e o povo fazendo doce. Por favor!
. a nova reforma ortográfica
Sei que isso é passado já, mas eu tô sentindo os efeitos colaterais só agora. Trema... cadê? Hífen... cadê? Dobrar consoantes, não acentuar 'ideia'. Tudo muito estranho pra mim.
. estar por fora de tudo
Tem tanta coisa diferente que dia me sinto a velha que não se atualiza, dia me sinto a que veio do Nordeste pra Santa Catarina. As coisas realmente mudam bastante. A gente é que não vê. Tô penando pra me atualizar em relação à praticamente tudo. Juliana do BBB? Quem é essa? Revista Kzuka? Os 80 anos da Fernanda Montenegro? Gugu na Record? Ratinho onde mesmo? Profissão Repórter? Ai...
. a violência
Mas isso sempre me impressionou demais.
Crédito da Imagem.
Demorei pra vir e confesso que morro de saudades de me manter propriamente atualizada nos blogs de cada um de vocês, mas a situação ultimamente não me permite tal luxo. A correria aqui continua e fica ainda pior quando a elemente aqui já tem um emprego e insiste em correr atrás de outro mesmo assim.
De qualquer forma, esmaguei meus compromissos pra poder aparecer por aqui e registrar alguns momentos dos últimos dias. Acredito que o pessoal que passou um tempo fora e retornou ao Brasil deve sentir mais ou menos como eu esses dias.
Não tem como ignorar as seguintes estranhezas:
. os preços das coisas no Brasil
Genteee, o que é isso? Sempre foi assim e eu mudei meus conceitos ou ficou caro desse jeito enquanto eu estava fora? Achar um xarope pra tosse barato quando o mesmo custa 10 reais é absurdo pra mim. Em Dublin, uma das cidades mais caras da Europa, um xarope custa menos de 3 euros. Mesmo convertendo, no Brasil ainda é caro.
. o povo falando português
Ainda acho estranho escutar nossa língua o tempo inteiro. Às vezes estou num restaurante ou na rua e QUASE chego a comentar: "olha, um brasileiro!" Duh.
. um estabelecimento que abre às 10h e fecha aos sábados ao meio-dia
O povo que trabalha a semana inteira faz compras quando? Na hora do almoço? Tem que pedir folga e usar o banco de horas?
. as filas pra TUDO
Por favor, até na farmácia tem fila! Pra entrar no shopping, pra comprar calzone, pra usar o orelhão, pra chegar em casa, pra comprar pão, pra apostar na mega-sena, pra pagar conta, pra reclamar do produto com defeito, pra dar parabéns pra alguém, pra cumprimentar a noiva, pra estacionar, pra abastecer... sem falar nos bancos.
. por falar em bancos... as GREVES
Acho que a gente adora greve. Não tá feliz, sai. Procura outra coisa. Faz um esquema pra receber seguro desemprego e vaza. Tanta gente querendo trabalhar e o povo fazendo doce. Por favor!
. a nova reforma ortográfica
Sei que isso é passado já, mas eu tô sentindo os efeitos colaterais só agora. Trema... cadê? Hífen... cadê? Dobrar consoantes, não acentuar 'ideia'. Tudo muito estranho pra mim.
. estar por fora de tudo
Tem tanta coisa diferente que dia me sinto a velha que não se atualiza, dia me sinto a que veio do Nordeste pra Santa Catarina. As coisas realmente mudam bastante. A gente é que não vê. Tô penando pra me atualizar em relação à praticamente tudo. Juliana do BBB? Quem é essa? Revista Kzuka? Os 80 anos da Fernanda Montenegro? Gugu na Record? Ratinho onde mesmo? Profissão Repórter? Ai...
. a violência
Mas isso sempre me impressionou demais.
Crédito da Imagem.
5 comments:
Adorei!!!
Nem me fale em precos, ja to pensando nisso, rs!
Bjaooo
Ai, Jana,
Quando acho que sou inconformada demais e quero parar de estranhar tudo, reclamar de tudo, tento parar de ser chata, me "conformar" com as coisas, enfim... Aí vejo que estou certa e que é mesmo muito triste aceitarmos certas coisas só porque elas "são assim".
:(
Nos vemos na semana que vem? :)
beijos,
kkkkkkkkkkk
pior que todas as suas impressões estão corretas. aqui é assim mesmo. não quer dizer que é bom, nem exatamente ruim.
só quer dizer que você, de fato, viveu no universo paralelo do desenvolvimento e, de repente, veio parar no lado oposto.
Geeeeeeeeente, e não é que é verdade!?
Medonho!
Concordo contigo em praticamente todos os tópicos (incluindo o da *greve*... compreendo a 'classe trabalhadora', mas opto por não fazer... daí recebo cara feia daqui... dalí e... pouco ligo, sigo trabalhando e sem ter que repor banco de horas depois, aha!).
Espero que já esteja mais... hmmmm... ambientada por esses lados.
Deve ser complicado, mas rever amigos e família é um grande consolo (... se bem que no meu caso, eu colocaria "ou não!", já que alguns poucos eu tenho evitado ao máximo. Ugh!)
Mas vamos seguindo e vivendo!
Beijo grande, Jana!
Take care!
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