Wednesday, February 22

Pequenas coisas...

Quanto mais a viagem se aproxima, mais percebo valorizar as pequenas coisas, como há tempos não fazia. Aliás, sempre tentei dar máxima importância aos acontecimentos simples. E sempre tive um retorno bastante satisfatório em relação a isso. Agora, com viagem marcada, passo a me importar ainda mais. Desde comer um sushi, até andar descalça na areia da praia. Gasto meu dinheiro com mais prazer. No final, não é gasto. É investimento. Ao mesmo tempo, deixo de comprar alguns apetrechos que sei que serão abandonados por aqui, pois não poderei levá-los comigo. Tenho direito a duas malas, com 20 quilos cada uma. Parece muito. Mas para quem vai passar no mínimo seis meses longe - muito longe - de casa, é quase que insuficiente. Ainda mais tendo de levar roupas pesadas, grossas, que protejam do frio e da chuva.

O Vitor, meu namorado tão compreensivo, companheiro e amigo para todas as horas, carrega consigo a santa e divina paciência. Tenho pequenos surtos vez ou outra. Sobra para ele, claro. Ou melhor, para os ouvidos dele, que me agüentam falando das escolhas que temos que fazer, do que levar, do que abandonar, da saudade, do risco, da insegurança e do medo. Os dias a mais no mês, são dias a menos para o embarque. E aos poucos vamos tentando aproveitar ao máximo as coisas que sempre tivemos ao alcance, mas que nem sempre demos o devido valor.

Falta pouco mais de um mês. De tudo o que terei de encaixotar para a mudança, desocupei apenas as prateleiras de livros. Algo me diz que, se fizer aos poucos, será mais fácil. Mas olhar para a estante vazia é somente o começo de todo um processo, no qual terei que, cedo ou tarde, deixar para trás objetos, pessoas e lugares dos quais gosto demais. É por uma conquista, por aprendizados, por amadurecimento. E é temporário.
Se não fosse agora, não seria mais.

Friday, February 10

Curiosidades e Dicas...

Encontramos alguns sites com depoimentos curiosos sobre Dublin e gostaríamos muito de partilhá-los com os leitores do blog. Estou bastante curiosa para comprovar (ou não) essas afirmações e, com o tempo, fazer minhas próprias observações em relação a locais, pessoas, compras, preços, dicas...

Todas as informações abaixo tiveram como base os seguintes sites:
O Viajante

E senta direitinho aí porque tem bastante coisa!
Curiosidades e Dicas...
* Do aeroporto ao centro = o aeroporto fica a mais ou menos meia hora do centro. A dica é pegar o AirLink até a rodoviária e pegar o ônibus 41 até o centro (mais barato, mas demorado). Tenha moedas quando trocar seus dolares, pois os coletivos não dão troco.

* Burocracia da chegada = você pagou o curso no Brasil, certo? Já se livrou de um passo. Depois disso e quando já estiver em Dublin (sim, porque daqui pra frente tudo é feito lá), você deverá providenciar a abertura de uma conta bancária para depositar o dinheiro que trouxer do Brasil (mínimo de 1.000 euros). Então, vamos aos poucos:
1 Abrir a conta no banco e depositar o dinheiro que trouxe. Pegar o extrato para apresentar na imigração quando for pedir o visto de permanência no país.
2 Pedir uma carta para a escola, que comprove que você está estudando full-time, com data de início e término do curso.
3 Caso não tenha nenhum contrato, pedir um comprovante de residência para o responsável pelo local onde está hospedado.
4 Ir até o GNIB (Garda National Bureau of Imigration), que fica na Eden Quay, perto da O'Connell Brigde. É lá que você irá solicitar o visto de estudo e trabalho (porque quando chega em Dublin e é aprovado na imigração, eles te dão somente o visto de estudos).
5 Quando for ao GNIB, leve os seguintes documentos: a) passaporte; b) carta da escola; c) extrato da conta; d) comprovante de residência; e) passagem de volta.
6 Depois de fazer tudo o que foi citado acima, é preciso ir até o Wellfare Social Office da região em que mora e pedir o PPS number (Personal Public Service Number). O PPS é o número de cadastro para pagamento de impostos, pedido pela maioria dos empregadores. Muito difícil conseguir algum emprego sem ele. Isso demora de três a 20 dias pra chegar.
7 Um número de celular local é sempre bom, para que você possa atualizar seu currículo com um telefone de lá. Para quem usa celulares com a tecnologia GSM fica mais fácil. Leve o aparelho e compre um chip.

* Acomodação = quanto mais perto do centro, mais caro. Uma dica aos que preferem procurar acomodação com mais calma, é ficar no Jacob's Inn, um albergue perto da rodoviária. Lá, você paga cerca de 60 euros por semana, o que é considerado barato para os padrões irlandeses. Telefone: 00 353 1 855.5660. Dêem uma olhada na seção de links ao lado, onde coloquei algumas indicações de sites que podem ajudar na procura por acomodação. O jornal Evening Herald normalmente possui bons classificados. Isaac Hostel = de acordo com a fonte citada anteriormente, a estrutura é boa, fica perto da rodoviária mas (sempre tem um "mas") os responsáveis são um pouco grossos e dinheiristas. Sugestão = Abbey Hostel, na O'Connell Bridge, 29 - Bachelors Walk. Bem localizado, em frente ao rio Liffey.

* Locomoção = o ticket semanal para estudantes custa 15,50 euros. A cidade é plana e com boas ciclovias, o que torna as bicicletas ótimas opções de transporte. Uma bike usada, em boas condições, custa entre 40 e 70 euros.

* Alimentação = sem regalias, prepare-se para gastar de 10 a 20 euros por semana. O autor dos depoimentos sugere os supermercados Tesco, Audi e Lidl. O Lidl (www.lidl.ie) é um paraíso, com gêneros alimentícios variados e com preços acessíveis. Lanchar na rua não sai por menos de 2 euros por refeição. Dica: só compre em Spars e Centras em caso de muita necessidade (não sei o motivo disso, mas ele deve ter alguma boa razão). O mercado de chocolates é inteiramente dominado pela Cadbury. Para os que não abandonam o Nescau, a sugestão é o Cola Cao, de uma fabricante espanhola, ou o Nesquik, já conhecido nosso. O único biscoito recheado é o Oreo, importado da Espanha.

* Pontos turísticos
a) Trinity College: Universidade que fica no centro e abriga o Dublin Experience - apresentação multimídia da história do país, desde os Vikings até os dias de hoje - além de uma bela biblioteca. Fica ao lado do parque St. Stephen's Green, a melhor opção para quem quer paz e silêncio.
b) Phoenix Park: maior parque urbano do mundo.
c) vá até a Moore Street, onde fazem a feirinha dos estrangeiros.
d) The Kitchen: boate do Bono Vox, com muita música eletrônica.
e) Restaurante Tosca: é do irmão do Bono Vox.
f) Fora de temporada, Bono costuma ser visto passeando e tomando cerveja na região central de Dublin.
g) Bono mora no extremo leste da cidade. No portão de bronze, pode-se avistar trechos de Dante Alighieri.
* Pubs
a) Pub Arlington Hotel: com música tradicional irlandesa, abre diariamente às 21h.
b) Pub Mezz: reggae ao vivo, às quartas-feiras.
c) Outros: Whelan's e Phantasm (rock), Brussels (hard rock), Odeon e 4 Dame Lane (lounge, dance) e Fitzsimon's ou Turk's Head (pop).

* Ligações = ao ligar pro Brasil, a melhor pedida é comprar um cartão Europa ou Globbal Caller em qualquer lojinha e ligar de um telefone que não seja público.

* Internet = o melhor lugar para acessar a Internet é a O’Connell Street, rua principal de Dublin, onde se paga de 2 a 4 dólares por hora.

Friday, February 3

As perguntas que não querem calar

Com essa espera, a gente muitas vezes se pega pensando em coisas pra levar, o que não podemos esquecer de jeito nenhum, as dúvidas que precisamos tirar, os check-ups pra fazer, os encontros pra realizar antes de partir. Eu e o Vi temos inúmeros questionamentos que, acredito eu, só serão esclarecidos quando estivermos por lá. Por mais que a gente tente absorver o máximo de informações antes da viagem, é praticamente impossível conseguir lembrar de tudo ou, se preferir, não esquecer de nada.

Para relaxar um pouco e deixar o clima de ansiedade de lado por alguns instantes, coloco abaixo algumas perguntas que não querem calar. Fontes: cabeças malucas do Vi e da Jana.

1. O que faremos durante as sete horas de espera no aeroporto?
2. Como será o primeiro contato com a família?
3. Temos que levar roupas de cama, toalhas e edredons? Porque, honestamente, ocupam um espaço fenomenal na mala e, nesse caso, qualquer milímetro é válido.
4. Lavar roupa lá... só na lavanderia?
5. Por que não tem nenhum banco brasileiro em Dublin?
6. Como eu faço pra enviar o dinheiro pro Brasil se não há operações legais disponíveis?
7. Será que eu nunca mais vou usar sandália na vida? (As mulheres me entendem, tenho certeza >> 1º O frio 2º O fato de ter que andar pra cima e pra baixo o dia inteiro).
8. Será que quando voltarmos tudo vai estar muito diferente?
9. Quem vai sempre lembrar da gente e quem vai esquecernos 10 dias depois do embarque? Porque tem muita gente que perde contato e esquece, certo?
10. Com o que será que vamos trabalhar por lá?
11. Por quanto tempo teremos que perambular distribuindo currículos até sermos empregados em algum lugar que valha a pena?
12. Quanto vamos receber por hora?
13. Será que vou conseguir falar inglês o tempo todo?
14. Será que existe algum curso de comunicação que valha?
15. Será que a escola é legal? Ou o curso é como os cursinhos de inglês daqui?
16. Em que bairro vamos morar?
17. Como ficar sem ir no salão pra fazer cabelo e unhas? Vou virar um bichinho feio?
18. O que vai acontecer com meus livros e CDs depois de um ano fora? Aposto que cada um vai estar num canto diferente e não vou conseguir recuperar a metade deles.
19. Será que vamos ver neve?
20. Será que vou engordar?

E a saga continua... as perguntas não páram de invadir as mentes inquietas. Mas é tudo parte do pacote, certo? Espero poder retornar aqui e responder todas elas assim que possível.

Wednesday, February 1

Informações aos viajantes

Apesar de faltarem dois meses para a viagem e da ansiedade crescente, não há novidades para acrescentar aqui. O nervosismo do início já passou e acredito que deva voltar apenas em cima da hora. Provavelmente depois do estalo que colocará tudo em dúvida, despertará a insegurança e a saudade antecipada.
O "Joe" faz muita falta. E como! Mas aos poucos vamos nos acostumando sem esse conforto. Agora falta apenas pagar o restante do valor do curso e esperar que encontrem uma família legal, com a qual passaremos no mínimo duas semanas.

Enquanto as novidades não aparecem, e acredito que vão somente aparecer muito perto do dia do embarque, coloco aqui uma notícia publicada hoje na UOL. É sobre um novo programa que irá abordar temas relacionados aos imigrantes brasileiros. Estou curiosa!

Globo estréia programa para imigrantes brasileiros
A Globo estréia em fevereiro, no canal internacional da emissora, o programa Cidadão Global. A atração tem o objetivo de prestar serviço ao imigrante brasileiro.

Assim, aqueles que estiverem longe das terras tupiniquins terão acesso a boletins, de um minuto cada, com informações sobre renovação de passaporte, pagamento de imposto de renda, transferência do título de eleitor, serviço militar obrigatório, retirada de certidão de nascimento etc.

A apresentação fica por conta da jornalista Patrícia Poeta e a consultoria por André Veras Guimarães, do Ministério das Relações Exteriores. Atualmente, 1,9 milhões de assinantes ao redor do mundo assistem ao canal Globo Internacional.

Fonte: UOL.
 
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