Tuesday, April 24

Andrea Corr: album solo

Se me pedissem para colocar os integrantes da banda The Corrs em ordem de preferencia, Andrea - a vocalista - seria a ultima, sem nem uma pontinha de duvida ou remorso. Por outro lado, enquanto Sharon, Caroline e Jim se preocupam com os novos integrantes das respectivas familias, Andrea Corr trabalha no primeiro album solo da carreira [um dos produtores e' o Bono, so' pra avisar... :p ].

Esses dias li uma nota na revista HotPress, dizendo aproximadamente 30 segundos de tres das musicas do novo CD estao disponiveis na Internet. Fui sortuda por descobrir os links para as versoes completas de cada uma delas e devo dizer que provavelmente deixarei de ser teimosa e desembolsarei alguns euros na compra do CD e, mais pra frente, no primeiro show da turne que sera, provavelmente, em Dublin. O lancamento do album esta' previsto para o mes de maio aqui na Irlanda e, de acordo com alguns jornalistas, o publico pode preparar-se para ter uma versao irlandesa da J.Lo [okay, essa foi boa, vai...]. Obviamente que a Andrea nada tem de J.Lo e espero que o comentario nao tenha passado de brincadeira boba entre os assuntos musicais recentes.

Como sou boazinha, colocarei aqui os links para as tres primeiras musicas do album, que recebera o nome de "Ten Feet High". Achei as tres uma gracinha, mas espero que a carreira solo nao atrapalhe quando os tres outros Corr decidirem, de repente, voltar ao antigo ritmo, lancar novos CDs e fazer shows enquanto eu ainda puder aproveitar o momento de estar morando na Irlanda para prestigiar eventos culturais como estes.

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Hello Boys
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Anybody There
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Shame on You

Monday, April 23

Barbecue on the northside

Meu professor aqui em Dublin e' gay e nos damos muito bem. Em novembro ultimo, ele havia me chamado pra festa de aniversario dele e eu acabei nao indo - mais por preguica do que por qualquer outro motivo importante. Quando, na sexta-feira, ele me manda uma mensagem convidando para um churrasco, nao tive como negar. Seria um sacrilegio, coisa de outro mundo, desfeita e falta de consideracao. Fui. E ainda levei comigo duas amigas da escola, tambem brasileiras. As meninas sao uns amores e tornaram tudo mais divertido do que naturalmente ja seria.

Como o churrasco estava marcado para as 15h, quando chegamos, as 17h, a casa ja estava cheia. Para nossa surpresa, muitos conhecidos. Professores, coordenadores, ex-funcionarios e alguns outros cujas faces nunca tinhamos visto antes. Uma das meninas me convenceu a tomar uma "invencao" espanhola, cujo nome nao me vem. Mas e' simples: vinho tinto com Sprite. Uma delicia, diga-se de passagem. Ficamos nisso a tarde inteira, o que resultou em:

a) fotos normais; primeiro com um professor, depois com outro, depois troca a dupla, depois com o copo na mao, depois sem o copo na mao, em pe, sentados no sofa, no patio, na sala, no corredor.
b) fotos com caras estranhas; fazendo careta, expressoes de susto, provocantes, nada-a-ver. De novo... em pe, sentadas, la fora, na sala, na cozinha, no corredor.
c) fotos "plagio" de filmes; As Panteras e algum outro cujo nome me foge.
d) fotos dos presentes (das pessoas presentes e nao dos presentes-presentes); comendo, dancando, bebendo, sorrindo, passeando, conversando e ahn... bebendo?!

Como ja diz minha primeira frase... era, obviamente, uma festa com muitos gays. Alias, nunca tinha visto um casal se beijando antes (a nao ser em filmes ou coisas do tipo) e eu vi. E e' normal como qualquer outro casal. Porque, convenhamos, os gays que conheco sao todos uns amores - sejam homens ou mulheres. Sempre me dei muito bem e nao e' surpresa quando alguem que conheco ha um certo tempo - e de quem gosto muito - vira pra mim e assume a "gay-dade". O fato de estar num ambiente amigavel, divertido e cheio de pessoas alto-astral me fez sentir muito confortavel e despreocupada em relacao a pessoas mal-intencionadas ou com intencoes pra la da segunda (embora eu tenha levado uma cantada discreta de uma das mulheres presentes. Poderia jurar que ela nao ia com a minha cara, por ser tao seria no trabalho, alem de jurar de pes juntos que ela era tudo, menos lesbica. Antes de fechar o parentese, eu realmente ainda nao pude confirmar essa ultima informacao, mas depois de ter me chamado de "sexy woman" e se desculpado por saber que eu tenho namorado, nao sei mais nada. "I think you're very sexy. I'm sorry... I know you have a boyfriend, but I really think you're sexy". Ah, vai... meu ego foi la em cima!).

Dancamos samba (eu tentei, na verdade), ABBA, salsa e ate musica irlandesa (Riverdance, otimo!). Saimos de la depois das 21h, com vontade de ficar por muito mais tempo. AInda estou esperando as fotos e os comentarios hoje pela manha na escola foram desde elogios em relacao ao apartamento (que, realmente, e' lindo!), ate confissoes do tipo "I can't remember how I got home and I my back hurt".


Blog secreto?!

Sabem que, muitas vezes, eu gostaria de ter criado um blog nao-publico. Como um diario, que so' eu leio. Dai' posso contar coisas que gostaria de registrar, sem me preocupar com quem passa por aqui de vez em quando pra saber das novidades, pra se informar sobre a vida em Dublin ou apenas por ter encontrado o endereco num site de busca qualquer. Por outro lado, gosto de receber varios comentarios, tanto de pessoas que me conhecem ha tempos, quanto daquelas que simplesmente cairam de para-quedas e sentem vontade de contribuir com alguma opiniao sobre algo que leram aqui. Uhn... talvez eu devesse manter os dois. Comprar um caderno bem bonito, daqueles que custam um absurdo, apenas pelos detalhes da capa e por terem sido feitos a mao - e comecar a escrever. Me parece arriscado. Todo mundo que visita ou pode vir a visitar minha casa, teriam acesso a ele. A propria palavra "diario" ja nos deixa curiosos sobre quais assuntos o autor utiliza para preencher as paginas. Os que tem cadeado, ou ficam muito escondidos, conseguem nos deixar mais ansiosos ainda.

Tudo isso por meu fim de semana ter sido otimo, cheio de atividades - algumas cujos detalhes eu prefiro contar somente aos mais chegados. Ao mesmo tempo, sinto que preciso registrar o momento aqui. Quero voltar, daqui ha um tempo e reler tudo, desde o primeiro post. Relembrar os sentimentos, as lugares, as apreencoes, as novidades e expectativas.

De qualquer forma, aguardem o proximo post. Falarei o suficiente para relembrar os detalhes, mas deixarei informacoes-chave de fora. Ah, vai... nao pensem que o que estou prester a falar seja grande coisa. Foi um acontecimento simples, normal ate. Mas muito divertido.



Friday, April 20

Last Chance Saloon


Quem ja leu o livro, sabe exatamente do que estou falando. E me desculpem o blog "literario" de ultimamente, mas desde que cheguei em Dublin, ha pouco mais de um ano, tenho lido coisas muito boas e me parece injusto nao comentar sobre novas descobertas, autores dos lados de ca e livros que grudaram como chiclete.

Um dos ultimos lidos foi "Last Chance Saloon", da Marian Keyes. A obra foi lancado no Brasil ha pouco e recebeu o nome de "E' Agora ou Nunca", publicado pela Bertrand Brasil. Fazia um certo tempo que nao pegava nada da Marian pra ler e, mais uma vez, a autora me surpreendeu. De repente nao seja leitura para o publico masculino ou para os leitores que dao preferencia a biografias e coisas mais serias. Nao que eu seja adoradora de chick-lits e livros sem conteudo, mas tem algo nos livros da Marian que me fascinam e, tenho certeza, chamam a atencao de milhares de outras pessoas pelo mundo afora. Sao do tipo que te deixam curiosa sobre o que vem a seguir, mas que te tiram da realidade e proporcionam momentos intensos de felicidade - mesmo que ficcional.

"Last Chance Saloon" me proporcionou um mix de sentimentos e, ao terminar de le-lo, nao tive como deixar de parabenizar a autora por mais uma obra que me fez rir a ponto de doer a barriga [ta, nem tanto. Eu ri bastante, mas minha barriga nao chegou a doer].

Hi Janaina.
It's lovely to hear from you - thanks a million - Marian really appreciates the support and encouragement (me too).
All the best, Tony


[Tony e' o marido da Marian. Ela carinhosamente o chama de "Himself"].

Tuesday, April 17

Duas semanas no Brasil

Apos um ano de Irlanda, nao poderia deixar de registrar minha ida ao Brasil. Passei pouco mais de duas semanas, com companhias maravilhosas. Tentei ate adiar minha volta, para conseguir ficar um pouquinho mais ao lado de pessoas que muito me fazem falta aqui nessa ilha. Nao deu, mas valeu. Fiz aulas de tenis e fui somente uma vez pra praia, em Floripa. Nao deitei na areia, nao entrei na agua, nao tomei agua-de-coco. Preferi nao arriscar e ficar sentada debaixo de um guarda-sol, numa cadeira confortavel, em frente a um barzinho cujo garcom me trouxe caipirinha, uma pocao de fritas e coca light com gelo e limao.

Fui tratada como princesa, com direito a massagem, unha e cabelo [coisas que, em Dublin, me recuso a fazer devido aos precos exageradamente altos]. Comi bem, bebi muito liquido devido ao calor horroroso que fazia em qualquer lugar. Peguei gripe por causa das mudancas de temperatura, mas logo melhorei - com os cuidados da mamae e do papai. Revi pessoas especialissimas, as quais nao via ha muito tempo. Comi sushi, brinquei de Imagem e Acao ate as tres da manha, visitei barzinhos e pedi pizza.

Me senti otima com as possibilidades de rever algumas pessoas e senti por nao conseguir ter me encontrado com tantas outras. Por outro lado, estou feliz por estar de volta. Nao por nao gostar do Brasil ou das cidades que me abrigaram por tanto tempo. Nao por nao sentir falta da familia e dos amigos, pois isso eu sinto - e muito! Nao por querer fugir do calor intenso [ok, disso eu nao faco muita questao], do transito irritante ou da Lingua Portuguesa. Mas por simplesmente sentir que, no momento, minha vida e' aqui. Ralando e trabalhando muito, falando ingles o maximo possivel, apreciando minha epoca do ano preferida aqui na Irlanda [a primavera e' linda aqui!], andando de bike pra cima e pra baixo e fazendo de tudo para tornar a experiencia ainda mais enriquecedora e inesquecivel.

 
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