
Eu sei que ainda ta cedo pra olhar pra tras e fazer um balanco do que aconteceu em 2008. Mas as decoracoes de Natal por aqui me colocaram no clima. Papai Noel chegou, galera, e quando a gente perceber ja teremos pulado as benditas sete ondas, que todo ano prometem um ano melhor que o anterior.
Eu nao sou uma pessoa que pede. Eu agradeco. Se quero algo, eu mesma corro atras. Portanto, sinto informar que esse lance de ano novo pra mim e' muito comercial e pouco verdadeiro. Por outro lado, acho realmente lindo o modo como a tradicao contagia todo mundo, que veste branco, come lentilha e guarda a folha de loro na carteira. E' uma epoca em que todos creem que as coisas podem melhorar e, na minha opiniao, ter esperanca - mesmo que por apenas um dia -, e' demasiadamente importante.
Meu 2008 foi turbulento. Nao de forma ruim - ate porque meu otimismo nao me deixaria reclamar de nada do que vivi esse ano. Ruim e' quando a gente perde nossa casa pra uma enchente, ruim e' quando alguem proximo falece, ruim e' quando uma doenca nos pega de surpresa, quando encontramos com a violencia, quando nao temos dinheiro o suficiente pra comprar um pao com manteiga pros nossos filhos. Isso e' ruim. E eu nao tenho motivos pra reclamacoes, portanto tenho certeza de que minha vida e' boa. Minha vida e' otima e os acontecimentos de 2008 podem ter me deixado um pouco pra baixo algumas vezes. Talvez tenham me feito ficar nervosa por nao saber por onde comecar, me dado preocupacoes e ate uma nova ruga ou fio de cabelo branco.
Os acontecimentos de a008 foram tantos, que me faz bem poder olhar pra tras e ver que o que achei que nao fosse resolver, foi resolvido; o que achei que fosse complicado demais, mostrou-se facil; o que acreditei ser o fim tornou-se um comeco mais forte.
Dois mil e oito começou com um sentimento inusitado, passou pra uma discussao feia, mas sincera. Chorei como havia muito que nao chorava, tive duvidas, arrisquei.
Esse ano tambem me mostrou que a pessoa que tenho hoje ao meu lado e’ mais importante pra mim do que eu inicialmente imaginava. Aprendi a dividir e a pensar de forma menos egoista. Percebi que tenho comigo ha mais de quatro anos uma pessoa com a qual quero dividir minha vida pra sempre – ou enquanto formos felizes e realizados em todos os sentidos.
Em 2008 abri os olhos, cai e levantei, ajudei quem poderia e tenho a consciencia de que talvez devesse ter sido mais paciente e menos exigente em algumas situacoes. Fiz mais trabalho voluntarios e adquiri uma nova paixao pelo ato tao simples e significativo. Me alimentei melhor, mas tambem nao deixei de lado os prazeres caloricos. Viajei pouco, mas viajei bem. Tomei decisoes, me aproximei de pessoas que se mostraram proximas, cortei uma ou outra que nao me fazia mais assim tao bem.
Mais pra metade do ano, comecei a me despedir de pessoas queridas que deixaram Dublin e partiram pra novas etapas. Comi mais em restaurantes e tomei mais vinho. Recebi uma surpresa maravilhosa em outubro. A unica na minha vida que eu nao descobri que aconteceria. Perdi um emprego, mas logo encontrei outro. Conheci novas pessoas. Fiquei nervosa com tantas mudancas repentinas, mas agora vejo que mudanças sao necessarias pro nosso crescimento.
Hoje olho pra tras e como sou grata! Ate mesmo pelas dificuldades, pelos imprevistos, por aquilo me eu fez chorar. Amadureci, ganhei mais um ano, recebi um email do meu pai no meu aniversario para o qual nao tenho palavras – a coisa mais linda que ja li na vida. Pra mim. So’ pra mim [sim, aqui eu ainda posso ser um pouquinho egoista e fazer inveja...].
Sao coisas assim que tornam meu ano feliz, valido e colorido. Pensar no 2009 me assusta um pouco. Os planos são diversos e grandes tambem. Passos talvez maiores dos que tenho dado ate entao. Ou nao... talvez sejam apenas passos que a gente decide dar. Ao inves de continuar na reta, talvez seja interessante virar a esquerda, entrar numa rua desconhecida e arriscar um pouco. A falta de sinalizacao talvez atrapalhe, mas nao me fara nunca estacionar. E, se a rua for sem saida, não tem problema. A gente da meia volta e procura um outro destino...
Eu nao sou uma pessoa que pede. Eu agradeco. Se quero algo, eu mesma corro atras. Portanto, sinto informar que esse lance de ano novo pra mim e' muito comercial e pouco verdadeiro. Por outro lado, acho realmente lindo o modo como a tradicao contagia todo mundo, que veste branco, come lentilha e guarda a folha de loro na carteira. E' uma epoca em que todos creem que as coisas podem melhorar e, na minha opiniao, ter esperanca - mesmo que por apenas um dia -, e' demasiadamente importante.
Meu 2008 foi turbulento. Nao de forma ruim - ate porque meu otimismo nao me deixaria reclamar de nada do que vivi esse ano. Ruim e' quando a gente perde nossa casa pra uma enchente, ruim e' quando alguem proximo falece, ruim e' quando uma doenca nos pega de surpresa, quando encontramos com a violencia, quando nao temos dinheiro o suficiente pra comprar um pao com manteiga pros nossos filhos. Isso e' ruim. E eu nao tenho motivos pra reclamacoes, portanto tenho certeza de que minha vida e' boa. Minha vida e' otima e os acontecimentos de 2008 podem ter me deixado um pouco pra baixo algumas vezes. Talvez tenham me feito ficar nervosa por nao saber por onde comecar, me dado preocupacoes e ate uma nova ruga ou fio de cabelo branco.
Os acontecimentos de a008 foram tantos, que me faz bem poder olhar pra tras e ver que o que achei que nao fosse resolver, foi resolvido; o que achei que fosse complicado demais, mostrou-se facil; o que acreditei ser o fim tornou-se um comeco mais forte.
Dois mil e oito começou com um sentimento inusitado, passou pra uma discussao feia, mas sincera. Chorei como havia muito que nao chorava, tive duvidas, arrisquei.
Esse ano tambem me mostrou que a pessoa que tenho hoje ao meu lado e’ mais importante pra mim do que eu inicialmente imaginava. Aprendi a dividir e a pensar de forma menos egoista. Percebi que tenho comigo ha mais de quatro anos uma pessoa com a qual quero dividir minha vida pra sempre – ou enquanto formos felizes e realizados em todos os sentidos.
Em 2008 abri os olhos, cai e levantei, ajudei quem poderia e tenho a consciencia de que talvez devesse ter sido mais paciente e menos exigente em algumas situacoes. Fiz mais trabalho voluntarios e adquiri uma nova paixao pelo ato tao simples e significativo. Me alimentei melhor, mas tambem nao deixei de lado os prazeres caloricos. Viajei pouco, mas viajei bem. Tomei decisoes, me aproximei de pessoas que se mostraram proximas, cortei uma ou outra que nao me fazia mais assim tao bem.
Mais pra metade do ano, comecei a me despedir de pessoas queridas que deixaram Dublin e partiram pra novas etapas. Comi mais em restaurantes e tomei mais vinho. Recebi uma surpresa maravilhosa em outubro. A unica na minha vida que eu nao descobri que aconteceria. Perdi um emprego, mas logo encontrei outro. Conheci novas pessoas. Fiquei nervosa com tantas mudancas repentinas, mas agora vejo que mudanças sao necessarias pro nosso crescimento.
Hoje olho pra tras e como sou grata! Ate mesmo pelas dificuldades, pelos imprevistos, por aquilo me eu fez chorar. Amadureci, ganhei mais um ano, recebi um email do meu pai no meu aniversario para o qual nao tenho palavras – a coisa mais linda que ja li na vida. Pra mim. So’ pra mim [sim, aqui eu ainda posso ser um pouquinho egoista e fazer inveja...].
Sao coisas assim que tornam meu ano feliz, valido e colorido. Pensar no 2009 me assusta um pouco. Os planos são diversos e grandes tambem. Passos talvez maiores dos que tenho dado ate entao. Ou nao... talvez sejam apenas passos que a gente decide dar. Ao inves de continuar na reta, talvez seja interessante virar a esquerda, entrar numa rua desconhecida e arriscar um pouco. A falta de sinalizacao talvez atrapalhe, mas nao me fara nunca estacionar. E, se a rua for sem saida, não tem problema. A gente da meia volta e procura um outro destino...